(vetado)
Escrito ao assistir uma apresentação, o segredo está no título, que foi proibido pela arrogância.
A relva verde reflete raras esmeraldas derretidas.
Enquanto a sombra do ipê o amarelo do mais puro ouro.
A natureza teima em exibir o brilho do sol em meus olhos.
Mas eu insisto em ofusca-los nas trevas da cegueira.
O sabiá e o canário preenchem a atmosfera com gorjeios harmoniosos.
Notas que se aproximam da perfeição melódica.
A natureza teima em meus ouvidos sons do paraíso.
Mas eu insisto em mantê-los ouvindo a surdez do mundo.
O sabor da azedinha, do araçá, o inigualável gosto de infância.
A natureza teima em oferecer iguarias em sabores ímpares.
Mas eu insisto em saturar meu paladar no insosso.
O odor de terra molhada, do pequi e do marolo, inesquecíveis...
O cheiro que o serrado considerado inútil oferece, sem nada em troca.
A natureza teima em preencher meu olfato de odores naturais.
Mas eu insisto em me afogar com a poluição artificial.
O aveludado do pêssego, o ninho do beija-flor, a água de uma nascente...
Não é necessário nenhum outro sentido para se arrepiar em um simples toque.
A natureza teima em aprimorar meu tato, oferecendo diferentes texturas.
Mas eu insisto em calejar-me com a rispidez do concreto.
Anjos de verde esmeralda, cabelos amarelo ipê...
Inundam o ambiente com gorjeio de aves canoras...
Ofertam sabor de nostalgia, frutas silvestres...
A brisa sopra inocência com aroma de garoa...
No toque delicado de carinho da ingenuidade...
É a primeira vez que me atrevo, não é meu o que escrevo.
Resgatam de adultos os cinco sentidos perdidos.
E com lágrimas sinceras da experiência do educar.
Resultantes do amor de um grupo educador.
Jorram simultâneos e adormecidos sentimentos.
Resumidos na maior das paixões humanas:
A emoção.
Prof. Gílberte